O acrílico está em vários lugares. Sua utilização na comunicação visual, arquitetura, composição de produtos ou mesmo 100% elaborados no material é presença frequente no dia a dia. Ainda assim, existem dúvidas sobre do que o acrílico é feito, como trabalhar com ele e demais questões. Para lhe auxiliar nessas e outras perguntas, preparamos este artigo. Confira!
Sim, acrílico é plástico. Porém, é preciso deixar claro que nem todo plástico é acrílico. Existem muitos tipos de plásticos, também chamados de polímeros, cada qual com suas respectivas características. No caso, o acrílico tem como base o composto orgânico metacrilato de metila. Ele não é apenas um plástico, como também é um termoplástico. Ou seja, é capaz de ser moldado a uma determinada temperatura.
Também vale ressaltar: não confunda acrílico com poliestireno (PS). Os dois materiais são utilizados para a fabricação de produtos semelhantes, mas existem diferenças importantes entre eles (Confira mais neste artigo).
O principal método de produção da chapa do material é conhecido como “cast”, que ocorre a partir da resina acrílica, ou monômero metacrilato de metila. Este formato homogêneo líquido é inserido em um molde com duas chapas seladas de vidro temperado. Na sequência, passa por um aquecimento até chegar à sua polimerização.
O acrílico surgiu no desenvolvimento de materiais substitutivos ao vidro, a fim de oferecer alternativas mais resistentes para a composição de periscópios submarinos e para-brisas de aviões durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, o acrílico resultou em um produto 10 vezes mais resistente que o vidro, com um nível de transparência semelhante e metade do peso.
A característica termoplástica do acrílico também garante maior utilização do material em muitos setores. Outro ponto diferencial é que o acrílico não estilhaça como o vidro. Quando ocorre sua quebra, ele se divide em menos partes.
Tanto um como outro são polímeros. Se o acrílico é obtido a partir do metacrilato de metila, o policarbonato vem da policondensação da mistura entre bisfenol-A e fosgênio. Para além disso, existem divergências importantes que definem suas utilizações. O acrílico é mais fácil de ser trabalhado para o desenvolvimento de produtos e na comunicação visual, devido à sua variedade de cores e possibilidades de corte e dobra. Por sua vez, o policarbonato compacto tem resistência 12 vezes superior ao acrílico, sendo mais adequado para coberturas e proteção industrial.
Quer saber mais sobre as diferenças entre acrílico e policarbonato compacto? Confira este artigo!
A definição dos tipos de chapas de acrílico acontece de acordo com a resina de metacrilato de metila utilizada. Isso porque o acrílico é um material reciclável. Neste processo, acontece a transformação do polímero em resina. Contudo, a substância reciclada não apresenta o mesmo grau de pureza que sua versão virgem.
Dessa maneira, o acrílico formado pela resina 100% pura, chamado de acrílico virgem, é um material com uma qualidade visual superior, principalmente em situações de contato com ambiente externo (fachadas, móveis ao ar livre, entre outros), pois apresenta proteção aos raios UV. Já a versão da resina reciclada, chamada de acrílico reciclado, tem um preço inferior, mas o uso é indicado para ambientes internos, devido à ausência da proteção UV. Também existe o modelo composto por parte de resina pura e parte reciclada: o acrílico ecológico, indicado para ambientes internos.
Por fim, existe o acrílico espelhado, obtido por meio da metalização a vácuo. Neste caso, o que se tem é um material semelhante ao espelho, com grau de reflexibilidade de cerca de 85%. Ressalta-se que todo acrílico espelhado é derivado do acrílico virgem.
Conforme apresentamos, os tipos de acrílico variam as condições visuais do material no decorrer do tempo. Considerando uma placa de acrílico virgem, em ambiente externo, a estimativa é a de que o produto dure, ao menos, cinco anos. Porém, dependendo das condições apresentadas e da manutenção adequada, pode durar muito mais.
O principal método de corte do acrílico é a serra circular de mesa, um equipamento de marcenaria que dá a possibilidade de cortes longos. O disco mais indicado para o acrílico é o de dentes de vídea (carbeto de tungstênio). O recomendado para a operação é uma velocidade de 3500 RPM e potência em 4 HP.
A serra circular pode ser utilizada por acrílicos a partir de 2 mm de espessura. Para tamanhos inferiores, recomenda-se o corte manual com riscador de ponta de metal duro. Risca-se a chapa com cuidado e, apoiada a uma aresta de mesa, quebra-se ao longo da linha traçada.
Para cortes assimétricos ou arredondados, usa-se a serra de fita, com velocidade aproximada de 1500 m/min. Em espessuras inferiores a 3 mm, a lâmina ideal é de 6 a 8 dentes por centímetro. De 3 mm a 12 mm, recomenda-se lâminas entre 4 e 5 dentes p/ cm. Chapas mais grossas são cortadas com lâmina de 1,5 a 2 dentes p/cm.
Também é possível cortar o acrílico em máquina a laser, de acordo com a determinação do projeto. Trata-se de uma opção que garante maior precisão no corte, mas é muito importante ajustar a máquina a laser para evitar a queima excessiva do acrílico e não danificar o material.
O produto ideal para colar acrílico é a cola acrílica. Afinal, como o próprio nome diz, é feita para juntar peças plásticas de superfícies lisas, como acrílico, plástico de baixa espessura e poliestireno, não mancha e possui secagem rápida. Por ser tóxica, sua venda costuma ser exclusiva para empresas que produzem peças de acrílico. Geralmente é comercializada em embalagens de 1 litro e sua aplicação é feita por meio de uma seringa, que insere a cola na dobra da peça, em um processo chamado de colagem por capilaridade.
Além da cola acrílica, também é possível utilizar cola instantânea – as populares “bond”. É mais comum usá-la em conserto de peças ou no artesanato com acrílico. Por conta da embalagem possuir um bico aplicador, sua aplicação é facilitada. Apresenta um bom custo-benefício.
A maneira mais prática de realizar a dobra do acrílico é por meio da dobradeira com fio de calor. Esta é uma mesa com um canal transversal onde está um fio condutor que, quando aquecido, permite o aquecimento no local determinado da peça de acrílico. Esse aquecimento permite a dobra na angulação determinada por um gabarito.
Podemos dividir a limpeza do acrílico em três categorias. A primeira é a limpeza básica, para retirar uma sujeira ou poeira: usa-se espanador de pó. A segunda é para retirar riscos leves ou sujeiras mais complexas: flanela (pano macio) umedecida com água e sabão neutro ou um produto chamado “limpa acrílico”. Também é possível utilizar polidor líquido ou até mesmo cera automotiva.
Já a terceira categoria é a de riscos profundos na superfície do acrílico. Nesta ocasião, recomenda-se acionar um profissional. Ele terá condições de aplicar a massa abrasiva para polimento, com um disco polidor de algodão para recuperar o brilho e eliminar os riscos da peça de acrílico.
O acrílico não é um material tóxico. Até por conta dessa característica, o acrílico é o produto mais recomendado para artigos hospitalares ou que tenham contato direto com alimentos.
O preço do acrílico é superior ao de outros plásticos devido às suas qualidades diferenciadas. Seu brilho, resistência e durabilidade são superiores aos outros polímeros, por isso o acrílico é considerado um plástico nobre.
Ainda assim, levando em consideração o custo-benefício, o mais barato pode sair caro. Um caso comum é o do poliestireno (PS), “adversário” do acrílico na produção de peças. Este material pode apresentar até mais da metade do preço de um produto em acrílico. Contudo, sua resistência e durabilidade é muito inferior. O mesmo se pode dizer do vidro, que vai exigir um material com mais espessura e peso para compensar a resistência do acrílico.
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