A segurança no trabalho é um assunto fundamental no setor industrial. No Brasil, passou a receber atenção em meados da década de 1970. Até aquele momento, principalmente entre os anos 60 e 70, o País era chamado de “campeão mundial de acidentes de trabalho”. Foi preciso o Ministério do Trabalho desenvolver as Normas Regulamentadoras (NR), baseadas no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para garantir melhores práticas para a ocupação profissional.
Essa determinação, divulgada no final de 1977, apresentou 37 normas, voltadas para inúmeras particularidades, como as condições para inspeção, equipamentos de proteção individual, exames médicos, riscos ambientais, proteção contra incêndios, sinalização de segurança, fiscalização e muito mais. Entre essas categorias, também se encontra aquela voltada para maquinários, equipamentos e sua devida proteção: a NR12.
NR12
A Norma Regulamentadora Nº 12 estabelece os procedimentos de proteção para operadores de máquinas e equipamentos. Ela inclui medidas de proteção coletiva; administrativas ou de organização de trabalho; e de proteção individual. Ainda são referenciados os modelos protetivos, tanto as proteções fixas, como as proteções móveis.
No caso do segundo tipo, tratam-se das proteções de monitoramento eletrônico – como sensores de segurança, interruptores e atuadores elétricos – e físicos – como chaves de segurança, válvulas e defletores retráteis. Já as proteções fixas são mantidas em suas posições de modo permanente ou removida apenas com o uso de ferramentas. Elas não devem garantir acesso ao local de perigo em todos os lados.
Enclausuramento de segurança
A utilização do enclausuramento na indústria é fundamental para evitar que o trabalhador entre em contato com as máquinas ou partes da mesma de maneira indevida, seja por descuido ou distração. Situações que são de risco de acidentes para o trabalhador, como a prensa de roupa ou alguma parte do corpo, descargas elétricas, entre outros perigos.
Outra atribuição do enclausuramento de máquinas é o confinamento acústico. A redução de ruído provocada pelo funcionamento do maquinário também se refere à segurança do trabalhador, pois favorece um ambiente de trabalho mais saudável, reduzindo a possibilidade de lesões auditivas e de estresse.
Em situações específicas, o enclausuramento também pode atuar na proteção visual, ao reduzir a claridade excessiva provocada por máquinas de solda ou faíscas. De caso a caso, é preciso determinar o material ideal para o enclausuramento, havendo ou não a necessidade de visualizar a parte do maquinário a ser protegida.
Uso do policarbonato compacto
Não há um material mais adequado para proteção fixa de máquinas e enclausuramento de segurança do que o policarbonato compacto. Afinal, sua alta resistência a impactos e ao fogo, aliada à transparência, que permite a observação do maquinário, são fatores muito importantes. Para além disso, as justificativas para essa afirmação estão nos requisitos que as proteções fixas precisam obedecer.
Veja também – Policarbonato compacto: resistência superior a outros tipos de plástico
Cumprir suas funções durante a vida útil da máquina ou permitir eventuais manutenções
O policarbonato compacto possui uma durabilidade média de 15 anos, garantindo um bom tempo de utilização sem a necessidade de manutenção, acompanhando o desempenho do maquinário. Ainda assim, caso necessário, ele permite a substituição.
Constituir-se de materiais adequados à contenção de projeção de peças, materiais e partículas
O policarbonato compacto possui resistência 250 vezes superior ao vidro, sendo utilizado para blindagem de automóveis e ambientes. O material possui a capacidade de conter possíveis peças ou materiais projetados e servir de bloqueio de partículas. Serve como uma proteção tão forte quanto o pior caso que pode acontecer.
Fixar de maneira firme, com garantia de estabilidade e resistência mecânica
Apesar de sua resistência, o policarbonato compacto permite usinagem. Isso garante ótimas condições para uma instalação adequada, com a firmeza e estabilidade necessárias. Acompanhado de aço, garante uma acomodação ainda mais resistente.
Resistir às condições ambientais do local
O policarbonato compacto apresenta proteção aos raios UV em sua superfície, o que permite ser instalado em locais com incidência solar. Ele também suporta temperaturas contínuas entre -15°C e 120°C, não sofre com umidade e outras possíveis intempéries.
Proporcionar condições de higiene e limpeza
Para limpar o policarbonato compacto, é necessário apenas um pano macio umedecido com água e sabão neutro. Para impurezas mais difíceis de sair, dá para usar álcool isopropílico ou querosene puro. No entanto, deve-se, logo em seguida, passar água e sabão neutro em abundância, a fim de remover todos os resíduos do produto.
Acrílico como alternativa
Embora o policarbonato compacto seja o material ideal para a proteção de máquinas, em alguns casos, é possível utilizar o acrílico. Principalmente em proteções secundárias, substituição ao vidro em janelas internas e outros componentes. Ainda assim, ressalta-se que, na segurança direta do maquinário, o policarbonato é o material indicado pela NR12.
Conclusão
Por mais que as Normas Regulamentadoras tenham dado melhores condições de trabalho para inúmeros setores, existem idas e vindas com relação à fiscalização e tratamento do assunto pelas próprias empresas. Segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, desenvolvido e mantido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), apenas em 2021, foram comunicados 571,8 mil acidentes de trabalho no Brasil. Portanto, é de grande importância para a sociedade investir nesse aspecto básico da CLT.
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